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Mostrando postagens de dezembro, 2009

A Bohemia Fundamental e a Companhia dos Poetas

Pelo título, não quero que pensem que estou enchendo a cara, como faziam alguns Grandes Poetas e Escritores. Nem encho a cara, nem chego à sola dos pés de nossos Grandes Mestres Poetas. E a palavra Bohemia , hein?!? Está escrita propositalmente de forma errada, na grafia arcaica, pois não é ao sentido etílico-alcóolico que me refiro. Me refiro ao estado de alma do poeta, numa gestação de emoções em seu interior, como quem vai pôr os bofes pra fora, depois de ter tomado meio tonel da Mineirinha do Engenho Velho . E é essa Bohemia que me invade e bagunça tudo aqui dentro do peito!! Às vezes, é uma bagunça organizada: um vento assola e outro, logo em seguida, reorganiza tudo em versos e estrofes. Pode ser também uma Bohemia prosaica, trivial, em prosa sem versos, parágrafos sem teor definido, porém caindo como um volume de mercúrio sobre minha cabeça. É a Bohemia que não é cerveja, mas que, no calor da falta do que fazer, numa mesa de bar ou da varanda, é a salvação daquele que que

Refluxo

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Andei pelas areias, hoje, Rindo, Indo e vindo, Vindo e voltando. Apreciando o que era lindo, Sentia o feio se embotando. As tais areias, Via e revia, e pulavam Nos meus sapatos, Entravam e saíam, Machucavam, salpicavam. E as ondas bravas, monótonas, dançando Aos olhos, ardendo. E eu, lendo e relendo O grave refluxo, espumando. Me perguntava: - Vês, agora, Ebrael, o mar?? Como é inexorável a antecâmara do retorno!! Diante de ti, uma sinopse desses ciclos, Uma cena da sístole-diástole das águas!! Veja, Poeta da Ira, Que teu indignado coração É instrumento da mesma dor Que cura, E depura, O sangue do Amor  Que se torna tempestade!! Se queres flores, Planta, transplanta E replanta!! Inspire a dor, Aspire Amor, Transpire suor E cante o que eu Já sei de cor. Trague o ar E semeie os ventos. Colha tempestades, Mas que elas não te deixem Pra sempre, Na mesma praia.

Os Fulanos - Vídeo Sensacional

Eu não costumo postar vídeos, pois a tônica das Memórias não é exatamente o humor. Mas ontem, assistindo ao Programa do Jô, decidi que esse eu não poderia deixar de compartilhar com vocês, leitores. Mesmo porque esse vídeo, com certeza, ficará nas minhas memórias. Fiquei com a barriga doendo de tanto que ri... Os Fulanos - dupla de atores comediantes, formada pelos gaúchos Décio Ferret, de Pelotas, e Pul Barreto, de Dom Pedrito, RS. Seguem as duas últimas partes dos vídeos da entrevista deles no Programa do Jô, exibida em 15/12/2009. Para outros vídeos, acesse também o blog de Os Fulanos no endereço: http://www.osfulanos.com.br/

A Essência da Poesia

Hoje não vou me preocupar se estou sendo simplório ou não, nem se uso ou não um estilo demasiado rebuscado. Hoje vou me ater a descrever, ao menos, as estranhas sensações por que passam os poetas. Sim, porque descrevê-las a rigor seria uma blasfêmia, uma tentativa vã de profanar aquilo que é o mais sagrado na religião do Poeta: a Inspiração . Mas ainda vou tentar lançar uma luz sobre essa palavra. Inspirar, em latim, é sorver o ar para dentro.  E o que isso representa para um poeta?? Muitos poderão, e já o fazem, falar que poetas são melosos, manipuladores, vãos sedutores, lunáticos, malucos. Outros poderão se arvorar em renitentes dos anos de 1950 e dizerem que poetas são poetas por não terem mais o que fazer. Todo essa introdução, esse mini-prólogo , foi para apresentar um texto que fiz há dois anos, perdido nas pilhas de cadernos de anotações antigos, que ainda estão por ser revistos, para tentar explicar a mim mesmo o que era essa maluquice pessoal, chamada Poesia. PREFÁCI