O Retrato de Dorian Gray - por Oscar Wilde

Esse é um dos mais instigantes e apaixonantes livros que li em minha vida. Oscar Wilde ficou mundialmente conhecido por essa obra-prima da genialidade literária e conhecimento dos afetos humanos.
Esse romance trata da saga de um aristocrata inglês, chamado Dorian Gray, extremamente narcisista e imerso na vaidade.Ele seria o que hoje conhecemos por metrossexual, mas com algum grai de neurose ou pânico, quando o assunto era a perda da juventude com o passar dos seus anos.
Conta a estória que um amigo seu, o pintor Basil Harllward, o retratou de forma perfeita. Quando mirou em seu retrato concluído, lamentou muito, porque, segundo ele, enquanto seu retrato permaneceria jovem eternamente, ele perderia aquela imagem dia a dia. Ele, então, jurou que até mesmo daria sua alma para ter aquela juventude eterna. Um milagre, esse que ele tanto desejara, se efetivou. Então, de posse do que mais quis em seu coração, e sem mais temer a morte física, começou a se entregar aos vícios mais torpes. Maltratou muita gente, com sua soberba e vaidade. Percebeu que o quadro envelhecia, mas não com aparência de velho como esperava, mas reanformava-se em uma efígie mostruosa, feia, sanguinolenta. Percebeu que o retrato não refletia seu corpo velho, mas sua alma velha e carcomida e perdida nos vícios e crimes. Quis se recompor, regenerar. Quis se abster de certas atitudes. Mas, assim fazendo, percebeu que não o fazia pelo sentimento sincero de querer se regenerar, mas por vaidade.

Quanto mais ia contra sua natureza, mais exarcebava suas inclinações bestiais.
Num acesso de loucura, matou seu amigo pintor por este ter descoberto o qu estava acontecendo. Depois levou ao suicídio um químico, conhecido seu, por obrigá-lo a se desfazer do cadáver de Basil. Sempre tentando, depois de tantos crimes, se recompor, o quadro continuava a se bestializar. Subiu ao quarto secreto de seu avô, onde escondia seu retrato, pegou uma faca e decidiu destruir o retrato. Esqueceu-se que tinha coocado sua alma no retrato. Era um talismã. Quando se destrói uma talismã, a pessoa ligada a ele tende a se desintegrar também. E foi o que aconteceu. Seus criados ouviram um grito agudo e encontraram o cadáver totalmente desfigurado de Dorian no chão do quarto. Foi reconhecido apenas pelos anéis que carregava nos dedos. O quadro, em perfeito estado, como fora pintado, na parede, incólume.

Traz grandes ensinamentos esse livro. Fala sobre a vaidade e venialidade humana. Fala sobre a mecânica de imantação de talismãs, através da visualização e pensamentos canalizados com emoção, que podem realizar prodígios. Revela, na minha opinião, que alma e corpo, nesse mundo, est/ao intimamente ligados. O corpo reflete, em seu estado de vitalidade, o estado ou efeitos sofridos pela alma em sua vida interna. É uma grande aula de ocultismo, filosofia, moral, magia...e claro, gÊnio literário.

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