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Mostrando postagens de 2009

A Bohemia Fundamental e a Companhia dos Poetas

Pelo título, não quero que pensem que estou enchendo a cara, como faziam alguns Grandes Poetas e Escritores. Nem encho a cara, nem chego à sola dos pés de nossos Grandes Mestres Poetas. E a palavra Bohemia , hein?!? Está escrita propositalmente de forma errada, na grafia arcaica, pois não é ao sentido etílico-alcóolico que me refiro. Me refiro ao estado de alma do poeta, numa gestação de emoções em seu interior, como quem vai pôr os bofes pra fora, depois de ter tomado meio tonel da Mineirinha do Engenho Velho . E é essa Bohemia que me invade e bagunça tudo aqui dentro do peito!! Às vezes, é uma bagunça organizada: um vento assola e outro, logo em seguida, reorganiza tudo em versos e estrofes. Pode ser também uma Bohemia prosaica, trivial, em prosa sem versos, parágrafos sem teor definido, porém caindo como um volume de mercúrio sobre minha cabeça. É a Bohemia que não é cerveja, mas que, no calor da falta do que fazer, numa mesa de bar ou da varanda, é a salvação daquele que que

Refluxo

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Andei pelas areias, hoje, Rindo, Indo e vindo, Vindo e voltando. Apreciando o que era lindo, Sentia o feio se embotando. As tais areias, Via e revia, e pulavam Nos meus sapatos, Entravam e saíam, Machucavam, salpicavam. E as ondas bravas, monótonas, dançando Aos olhos, ardendo. E eu, lendo e relendo O grave refluxo, espumando. Me perguntava: - Vês, agora, Ebrael, o mar?? Como é inexorável a antecâmara do retorno!! Diante de ti, uma sinopse desses ciclos, Uma cena da sístole-diástole das águas!! Veja, Poeta da Ira, Que teu indignado coração É instrumento da mesma dor Que cura, E depura, O sangue do Amor  Que se torna tempestade!! Se queres flores, Planta, transplanta E replanta!! Inspire a dor, Aspire Amor, Transpire suor E cante o que eu Já sei de cor. Trague o ar E semeie os ventos. Colha tempestades, Mas que elas não te deixem Pra sempre, Na mesma praia.

Os Fulanos - Vídeo Sensacional

Eu não costumo postar vídeos, pois a tônica das Memórias não é exatamente o humor. Mas ontem, assistindo ao Programa do Jô, decidi que esse eu não poderia deixar de compartilhar com vocês, leitores. Mesmo porque esse vídeo, com certeza, ficará nas minhas memórias. Fiquei com a barriga doendo de tanto que ri... Os Fulanos - dupla de atores comediantes, formada pelos gaúchos Décio Ferret, de Pelotas, e Pul Barreto, de Dom Pedrito, RS. Seguem as duas últimas partes dos vídeos da entrevista deles no Programa do Jô, exibida em 15/12/2009. Para outros vídeos, acesse também o blog de Os Fulanos no endereço: http://www.osfulanos.com.br/

A Essência da Poesia

Hoje não vou me preocupar se estou sendo simplório ou não, nem se uso ou não um estilo demasiado rebuscado. Hoje vou me ater a descrever, ao menos, as estranhas sensações por que passam os poetas. Sim, porque descrevê-las a rigor seria uma blasfêmia, uma tentativa vã de profanar aquilo que é o mais sagrado na religião do Poeta: a Inspiração . Mas ainda vou tentar lançar uma luz sobre essa palavra. Inspirar, em latim, é sorver o ar para dentro.  E o que isso representa para um poeta?? Muitos poderão, e já o fazem, falar que poetas são melosos, manipuladores, vãos sedutores, lunáticos, malucos. Outros poderão se arvorar em renitentes dos anos de 1950 e dizerem que poetas são poetas por não terem mais o que fazer. Todo essa introdução, esse mini-prólogo , foi para apresentar um texto que fiz há dois anos, perdido nas pilhas de cadernos de anotações antigos, que ainda estão por ser revistos, para tentar explicar a mim mesmo o que era essa maluquice pessoal, chamada Poesia. PREFÁCI

Difícil Encontro

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Jazem na carne imberbe da Natureza, De um quinhão escondido e guardado, Suas linhas florais, proibidas e prometidas, Seus gritos vermelhos de Cravo, ao Céu de Afrodite... Antes que o Amor passe, chora, range, se rende!! Sempre distante, brava, com espinhos que se eriçam..  - Vai-te, Rosa, a perfumar o sonho rubro!! Apressa-te!! A ágata em flor se ergue, bravia, olhar tórrido, Para tuas sedas vermelhas, carinhos em cascata. Somente o vento pode uní-los, é fato Que a dor é santa, e furiosa a brasa da Paixão...

Reescrevendo a História: Des-cobrimento do Brasil.

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Como mais uma criança (e ainda sou uma Criança Grande), eu gostava de simular o que teria acontecido em uma história se essa mesma história não tivesse acontecido de tal maneira. Escrevia, simulava, abstría sobre como ocrreriam as coisas de uma outra maneira, assim como fantasiá-las. Costumava brincar de repórter e correspondente internacional em fatos importantes. Como seriam as coberturas jornalísticas de fatos como ...?? ******************************* Des-cobrimento do Brasil (reportagem exclusiva do Jornal Nacional  de 22/04/1500): "Por imagens de uma câmera escondida, flagramos a chegada de uma comitiva de portugueses sem-terra, seguida de uma negociação suspeita com índios nessa praia da Bahia. Percebemos, pelas imagens, que os suspeitos parecem esconder algo por dentro da roupa, já que o calor é infernal e considerando não haver água num veículo a vela como aqueles usados pelos estrangeiros. A tal comitiva, transportada em três veículos toscos,  à vela, apare

Guiado pela Estrela!!

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"... e nenhum dos fios de vossa cabeça cairá sem que o Pai o permita!" (Mateus 10,29) Um dia desses, estávamos eu e a Joici falando acerca de coisas cotidianas, quando ela proferiu algo que somente hoje me fez lembrar de algo espetacular que me aconteceu há alguns meses atrás. Ela disse, simplesmente: "Não atropele o Tempo!! O que tiver de ser, será... simplesmente será!!" No dia 20 de julho desse mesmo ano, recebi em casa a carta da Prefeitura de Biguaçu (SC), me convocando para tomar posse do cargo de escriturário, no qual me encontro hoje. Trabalhava na Oi na época, e tive de correr atrás de toda a documentação necessária para completar o processo de admissão, mesmo durante o mês de aviso prévio, que imediatamente iniciei. Todas as atrapalhações possíveis ocorreram, desde o ônibus quebrar no meio do caminho meia hora antes de fechar o expediente da prefeitura, em dado dia, até o médico da perícia, que avaliaria meus exames de rotina (sou diabético), pegar v

"Com-puta-dor" de cabeça...

Nunca pensei que trocar de computador fosse tão problemático!! Traumático mesmo!! Mesmo porque, até ontem, só tinha tido um!! O drama começa por optar comprar montado, em alguma loja especializada, ou numa grande loja de varejo, ou mesmo em alguma rede de lojas virtuais. Na primeira opção, em algo que eu chamo de "buffet de configuração", você pode escolher exatamente os recursos que deseja ter em sua máquina, pensando sempre nas suas possibilidades de pagamento. Ou você escolhe o que quer, ou você escolhe o que pode pagar. Raramente, você  consegue reunir as duas condições. Na segunda opção, nas lojas de varejo e nas virtuais, grandes ou não, as condições de pagamento são convidativas, principalmente para quem tem cartão de crédito com um bom limite, podendo comprar em até 12 vezes sem juros. Mas aí, você nem sempre encontra o que quer. E foi aí que me dei mal... Comprei o meu em 12 vezes sem juros. Uma baita máquna. E as duas condições estavam sendo satisfeitas... mas

Como areia por entre os dedos ou seria Circo Voador??

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De umas semanas para cá, um assunto vem me incomodando, uns pensamentos, mas não sabia se seria bom postar. Algumas vezes, as coisas acontecem em nossa vida, de tal maneira, que sentimos absoluta impotência frente a eles, como se fossem areia escorrendo por entre os dedos. Falta total de controle!! Eu bem poderia, para mascarar a situação que vivo agora, dar como exemplos fatos simples e infantis. E todos fazemos isso: escondemos o sol com a peneira para não nos lembrarmos da tragicomédia que é ter livre-arbítrio e, muitas vezes, estar preso por cinrcunstâncias, no mais das vezes, resultados de escolhas anteriores. Houve uma vez que essa areia escorreu entre os dedos, e deixei, deliberadamente ela se ir. Eu namorava uma menina da minha cidade, em 2005. Eu saí uma noite para encontrar os amigos num bar e beber uns bons goles de vinho. Eu era fiel (acreditem, a Zorra Total é no sábado!!). Mas pareceu, até que os demoniozinhos da minha Consciência não sabiam disso. Dei com os burros

Pedro Boaventura, à beira do caminho.

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Seu nome era Pedro. Pedro Boaventura . O sobrenome (*)  pressupõe felicidade, fortuna. Mas Pedro não era feliz. Pedro tinha, e sabia disso, características que poderiam fazer qualquer homem feliz e bem- sucedido : era carismático , razoavelmente charmoso, inteligente. Mas nada dava certo para ele. Pelo menos, era isso que ele achava. Pedro nascera em uma pequena cidade do extremo oeste de Santa Catarina, chamada Palma Sola. Como toda aquela região, Palma Sola era eminentemente agrícola. Seus pais eram lavradores pobres, como a grande maioria na região o era. Eram os idos de junho de 1978, quando ele veio ao mundo. Uma chuva de granizos havia devastado a minúscula roça de milho, no começo do inverno daquele ano. Sua mãe, Maria Bernadete , havia dias que estava debilitada pela subnutrição, jazia na cama, aparentemente sem forças para parir. Ele nasceu abaixo do peso, naturalmente, de parto prematuro, depois que seu pai, Marco Luigi , um rude e ignorante lavrador, batera nela por não ter

Fernando Mendes Campos e o Folclore de Deus.

Há amigos meus, no diHiTT e fora dele, que me fazem elogios por minha forma de escrever. Me perguntou uma amiga, por esse dias, comentando as Memórias , como eu conseguia escrever do jeito que escrevo, qual seria o segredo por detrás da escrita enfática e emotiva que desenvolvo. Responderia, agora, de uma só vez: é tudo por culpa de Fenando Mendes Campos !! Ele é o escritor de crônicas que mais impressionou meu filme da mente. Eles escrevia com a alma sim, sem os dedos. Bastava que seus olhos da mente focalizassem uma lembrança sua, ou qualquer idéia distante, fosse qual fosse, e o papel pegava fogo. Ele me encantava e me apaixonava, e muito mais agora, pelo jeito meio indefinido de pesar o que ele compunha. Conseguia impor uma tal dramaticidade mista de humor e poesia, e isso deixava tudo mais leve. Foi aí que eu comecei a entender o que minhas professoras de Português diziam ser a tal Prosa Poética , a alquimia última de um grande escritor, pelo menos na minha percepção. Vou repr

Dois Pontos e Uma Linha (para João Batista Cunha)

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Essa poesia singela, sem muito brilho nem palavrórios, nasceu de pronto ao ler uma poesia do amigo e irmão de letras, João Batista Cunha . Para ele, com merecimento: Onde pontuamos um ponto, Iniciamos um breve conto, Pelo qual, imberbe, canto, As alegrias e o acalanto. Se me tragar o triste pranto, onde toda minha vida remonto, Vou dar ao meu lápis desconto, sem mais pontuar, ponto e tanto!!

A repressão ao instinto sexual e suas consequências

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Aproveitando para dar boas-vindas à Joici Cristina Cruz, do blog As Peripécias do Mundo , como minha parceira na construção das Memórias de Ebrael , vou falar sobre um assunto sobre o qual falamos em uma de nossas primeiras conversas: a repressão aos instintos sexuais e suas implicações na vida das pessoas. Foi boa a nossa conversa; a Joici é psicóloga, e eu, um pensador leigo, metido a filósofo de ocasião...rsrsrsrs. Freud alegava que boa parte dos transtornos mentais da idade adulta têm origem em distúrbios sexuais, e, ainda, que um parcela significativa, são oriundas na infância e/ou adolescência. Ontem, li um artigo no blog da Fátima Jacinto, onde ela dissertava sobre as máscaras da personalidade, assumidas pelos adultos, e com início na infância. Segundo ela, para que não sofra rejeição e receba o amor esperado de seus pais, a criança tende a mascarar sua vulnerabilidade através de um comportamento que seja "razoável" àqueles de quem espera proteção e aprovação. Isso

Meu Anjo da Guarda é como uma pedra preciosa!!

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Minha vida, mesmo entremeada de tantas poesias, não tem sido fácil. Não que seja mais difícil que a do restante do mundo, até porque acho que não saio bem no filme pendurado numa cruz. Mas como sempre, quando temos dúvidas em relação ao nosso futuro, são nossos problemas que aparecem, primeiramente, no jornal de nossa vida todas as manhãs, então está sendo 'soda' mesmo!! Já encontrei pessoas ruins e desagradáveis pela vida, que me fizeram sofrer e me causaram muitos dissabores. Claro, pedras no caminho!! Coisas do destino!! Mas há sempre outras pedras pelo caminho, igualmente, pelas quais, às vezes, passamos sem percebê-las em sua beleza. Mesmo sem que notemos e demos o devido o valor a elas, abrilhantam e embelezam nosso caminho, tornando menos rude e violenta a visão da estrada empoeirada, e desfazendo, como cristais, as nossas cegueriras e ilusões. Estou passando por uma situação pessoal muito delicada. Implica, inclusive, riscos à minha estabilidade pessoal e espiritual

Sou Criança!! Não quero ficar velho por dentro!!

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Hoje não quero filosofar como um adulto polido e modelado. Hoje eu quero pensar e falar com a Criança que renasce a cada manhã e que vê o novo dia como se fosse sua nova vida. Apenas temos a ilusão de que tudo está como na noite anterior, sem noção da passagem do Tempo, como se estivéssemos em um longo inverno polar. Assim, para muitos de nós, as nossasmanhãs continuam sombrias e pesadas, e a vida demuitos é uma eterna Noite Escura, depois da qual não háesperança de um novo alvorecer. Esse é o sintoma primário de que nossa alma está se carcomendo com os paranhos e miasmas das frustrações e ilusões, como que ossos atrofiados sem a luz do Sol, sem movimentos. A infância é isso: é sempre ter esperança que poderemos brincar na rua e nas poças de água, depois de passadas as tempestades. É nunca ver cada dia como se fosse igual aos anteriores. É sempre esperar um presente diferente da Vida, mesmo que esses presentes tragam as dificuldades de lidarmos com eles, com cada um deles, de forma

Flagrante da truculência policial em Santa Catarina.

Os leitores que acompanharem este artigo já deverão estar até "acostumados" com o que verão: uma truculenta invasão de domicílio, sem ordem judicial; agressão a menores de idade, espancamento, humilhação e danos morais, abuso de autoridade. Poderia listar durante toda a noite as irregularidades cometidas por esses "animais". Espero que não se ofendam. Animais, nesse caso, é um elogio. Tudo aconteceu na cidade de Timbó, próxima a Blumenau, estado de Santa Catarina, em 27 de setembro último. Atendendo a um pedido de averiguação de vizinhos da casa desses menores, policiais militares invadiram, sem mandado, a casa, Depois de averiguação devida, sem encontrar, os menores presentes foram covardemente espancados. Uma câmera escondida, posicionada pelos menores, filmou a ação. Esse vídeo caiu na Internet, antes de ser entregue à Polícia Civil. A Polícia Militar se pronunciou, reconhecendo o uso desproporcional de força (covardia), prometendo a abertura de sindicância a

Versos Supremos (para Gê Sampaio)

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Para Gemária Sampaio , que me inspirou, em um de seus posts , esses... Versos Supremos A partir deste momento, alma minha, As letras de tua vida se desgrudam Da tênue folha, da vã e pálida linha, Onde os verbos em sons puros se mudam. A partir deste ponto, não serás ponto; De agora em diante, serás mais um conto; De poesia encarnada, a vida então te exime De escrever, obra posta, és agora sublime. Vôe com os mantras do coração, satisfeito; Beba da velha bica o último bom vinho. Tome da mesa eterna de Luz, o teu leito. Que o velho véu da mente, como pergaminho, Se desenrole ante ti, mas sem desalinho, Para o último verso, epílogo, em meu peito.

De repente, bateu uma saudade de meu pai!!

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Eu estava ainda agora fuçando no Youtube por clipes de músicas que eu sempre gostei. Me surgiu à mente a canção Pai, do Fábio Jr., que sempre me emocionou. O sentimento de saudade e amor aos pais é diferente em nuances do amor às nossas mães, mas não menos marcante. Não está somente no sangue, está na personalidade inteira, no coração. Meu pai está não muito longe daqui, a uns 80 km, mais ou menos, em Balneário Camboriú. Mesmo que estivesse a menos de 1 km, nós sentiríamos saudades de qualquer jeito, pois sentimos saudades não somente da presença no espaço, mas no tempo, nos tempos de infância, nos tempos de abraços mais frequentes, menos formais, inclusive. A saudade fica mais forte quando percebemos o quanto de nós está contido naquela figura amadurecida pela vida e por suas lições, o quanto de nossos erros e acertos já foram perpetrados por eles, antes mesmo que fôssemos meros espermatozóides e óvulos, o quanto de nosso sorriso, de nossos cacoetes e bordões têm sua origem em c

Inexoráveis!!

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I Hora Morta, já beira meia-noite, Hora viva, de nosso Nascimento; Hora do Tempo, Tempo é um açoite Que toma pra si um fixo assento. Tempo do Tempo, que sôfrego Mata e faz a tudo renascer. No raiar da alvorada, a vencer A Noite, o teu Sol se iça, trôpego. II Aos amigos, oferecemos poesia!! Aos inimigos, a quem não se fia A Justiça, que é a Vida ensinando Pela Dor, a qual não se tem amando!! O Mundo, a primeira Casa Grande, Reflete-se em miniatura em nosso interior De nossa alma que, quando se expande, Nos diz: "Não é banal cada verso de Amor". **************************** - Composto em forma de comentários no blog da amiga angolana Lili Laranjo -

Vida Destemida

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De que vale a vida em meio à covardia?? De que vale ela sem um pouco de poesia?? Se a mesma Vida é a Grande Mãe-Musa Dos homens cegos e dos de mente obtusa!! O que somos nós para ti, ó Primeira Vida, Nós, as crianças da Luz interna abafada?? O que fazemos por vós, ó Mãe Incriada, Se não formos corajosos, de vida destemida ?? Em meu peito incendeias uma brasa infinita, E em minha Língua, Palavra de Amor bendita, Para a renovação do velho coração dormente!! Ó Vida, se a língua mata o Amor, quando mente, Se o homem, quando ama, não diz o que sente, Fecha minha boca, e corta minha língua maldita!! - Sob inspiração das palavras de Gemária Sampaio , amiga querida, comentando o post O Barroco é Pop ?? (por Clóvis Bulcão ) -